sábado, 29 de agosto de 2009

Saudades

Sempre existe um dia nas nossas vidas que alguém pergunta: se você pudesse mudar, voltar atrás no tempo e fazer algo diferente, o que faria?
Não admitiria a um tempo atrás a covardia que seria responder a essa pergunta, por que voltar atrás? Deve-se ter disposição o suficiente para tratar a vida como ela é e não ficar divagando sobre o que eu queria que ela fosse. Porém todo esse papo é simples falta de humildade: onde eu errei?
Pois é José, eu errei.
choro
Mas errei ou fiz o que achava certo? Confiar nas pessoas e na bondade delas é errar? É errar desconfiar das pessoas e duvidar da sua honestidade? São perguntas que martelam na minha cabeça e minha teimosia de sempre achar algo certo nas coisas me faz sofrer horrivelmente.
Mas fatos sao coisas teimosas, não adianta.
Houve um tempo que nossos problemas pareciam tão grandes, hoje penso o quão pequenos éramos, acaso tivesse problemas do tamanho que tenho hoje acho que não sobraria nem minha camisa rosa pra contar história.
Mas é aí que a mágica acontece, sempre que começo a pensar nesse tipo de coisa parece que um pensamento positivo superpotente me invade e domina meu eu, algo que não consigo controlar e eu paro de pensar nisso e tenho a sensãção de que tudo vai dar certo. q c passa?
Voa lá! ahahahah.

Cade?
Cade o que?
Tu!
Eu?
É, onde estavas esse tempo todo?
Estava aqui, contigo.
Não, te chamava e não vinhas.
E eu te acenava e não vias.
Acenasse mais então.
Não se acena para cegos.
Estava quase com saudades de ti, que andas fazendo?
Nada, passava a te observar. O que andas fazendo?
Não estavas a observar, pois que deves saber o que faço nestes tempos.
É, posso saber o que fazes e o que não fazes, mas daí conhecer os teus desejos mais profundos quando ages seria um pouco de mais, até para mim.
Imagino, mas mesmo assim não sei dizer quando és totalmente sincero comigo.
Se o fosse não chamarias-me. Aposto.
Ri. Realmente, mas gosto da tua sinceridade azeda.
Azeda não seria a melhor palavra, prefiro que seja ácida.
Realmente, só podia ser ácida, mais nada.
Que queres afinal?
Um pouco de companhia, estou precisando de alguém para conversar.
Não seria mais fácil encontrar alguém de carne e osso? Que compartilhe de problemas parecidos com os teus?
Sim, já estou a fazer, falamos agora sobre a epifania, sinto-me feliz com isso. Que tens a me dizer sobre a epifania?
É uma palavra que concerne ao teu mundo mais que ao meu, visto que à minha compreensão epifanias são um tanto incosistentes.
Quer dizer que sabes de tudo?
Porque perguntas coisas tolas como essa?
Pra fingir-me de aprendiz e disfarçar minha alçada hipócrita.
É, é bem tua cara mesmo.
Valha-me amigo, sempre ajudas-me quando conversas comigo, obrigado.
E se fosse diferente nem me daria ao trabalho, precisas de algo mais?
Sim, podes ficar mais tempo, sei que tens que ir mas poderias.
Poderia. Fico pra te dizer que basta tu bateres que abrirão pra ti as portas que quiseres, esqueces sempre disso.
É, esqueço sempre do básico né.
Não, não esqueces, não se esqueçe uma coisa dessas, és apenas indisciplinado, falta-te empenho nas verdades.
...
Sempre que digo o que mereces ouvir tu te calas.
E queres que eu diga o que?
Talvez.... Esforçar-me-ei? Seria bom.
Tens medo. Infelizmente.