segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Revolta de alguns Poucos

Tenho muitos livros lá em casa, alguns eu li alguns eu não li, alguns irei ler, mas o mais interessante disso tudo é como os livros chegam, falam o que tem que falar, e vão embora.

Quando digo que eles falam o que tem que falar é literalmente isso, você tem uma dúvida, um problema o livro aparece, lhe dá a solução e vai embora. Quantas vezes me deparei com essa situação, quantas vezes precisava de uma resposta e ela veio até mim só porque eu decidi ler aquele livro naquele instante. Não sei precisar ao certo.


Um pensamente vai puxando o outro.

Esse blog também é algo muito interessante, muito do que escrevo aqui é sobre mim, pra mim, escrito por mim, parece o cúmulo de um narcisismo egocêntrico esse blog, pouquíssimas pessoas passam por aqui (sendo bem sincero só a Claudia - esporadicamente), então eu escrevo e escrevo e ninguém lê!!! Parece um terapia ou algo parecido! Faço disso aqui um pedacinho de mim para mim apenas!


Mas voltando aos livros no momento estou lendo o livro Auto-Engando do Eduardo Gianetti, ele discorre sobre os processos que fazem-nos acreditar nas coisas que acreditamos, porque se fossemos parar para pensar, muito do que acreditamos não tem uma base objetiva sólida, a grande parte do que pensamos ser verdade parte da experiência subjetiva do que sentimos através dos nossos sentidos corroborados pela nossa razão que se auto-engana quanto a realidade dos fatos, fazendo com que o fardo do mundo fique mais leve para a gente. Um adendo interessante sobre isso é que não é algo apenas depreciativo, quantas pessoas vivem esperando o fogo de uma paixão descabida que não atende aos ditames da razão, quanto coisa nesse mundo já foi criada pela fé de alguns que acreditaram fielmente em algo ao ponto de torná-la verdade em seu mundo? Ao mesmo tempo que nos auto-enganamos, acreditando em coisas que parecem carecer de qualquer sentido, criamos um mundo humano feito de fé, fé no que acreditamos e não necessariamente no que é de verdade já que a mais profunda natureza das coisas não revela-se aos olhos de um leigo.

É muito interessante pensar que a fé tem mais espaço na criação de nosso próprio mundo do que a verdade.




Sim sim, eu sei que deveria ter parado de escrever ali em cima, mas eu não me aguento.

Eu acredito que existe como ter acesso àlgumas verdades pela simples dedução dos fatos, mas isso eu deixo pro próximo capítulo.